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Polícia Civil fecha banco de ossos clandestino em cidade do norte do PR


Na casa de um dos suspeitos, foram encontrados partes do fêmur e frascos com pedaços de ossos triturados (Foto: Divulgação/Polícia Civil do Paraná)
Dois irmãos, suspeitos de coletar e distribuir os ossos, foram presos.
Segundo a polícia, material era vendido para dentistas e um intermediário.


Policiais civis do Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde (Nucrisa) fecharam nesta terça-feira (3) um banco de ossos clandestino que funcionava em Londrina, no norte do Paraná. Segundo a polícia, dois irmãos foram presos, suspeitos de serem responsáveis pela coleta e distribuição dos ossos. O banco de ossos funcionava em uma casa no Jardim Cláudia, na zona sul da cidade.

O material era vendido para dentistas e um intermediário. O material era levado para Chapecó (SC), Belém (PA), Belo Horizonte (MG) e para os estados de Goiás e Mato Grosso.

Ainda segundo a polícia, os irmãos responderão por tráfico de órgãos e tecidos, artigo 15 da Lei de Transplantes. Os dois rapazes já chegaram a ser flagrados enviando embalagens suspeitas pelos correios. A polícia suspeita de que o crime ocorria desde 2004. Ainda não se sabe como o material foi retirado do doador, nem como foi feito o transporte ou como é o armazenamento.

De acordo com a Polícia Civil, no apartamento de um dos irmãos, localizado também na zona sul de Londrina, foram encontradas quatro partes do fêmur conhecida como cabeça. Os ossos estavam armazenados de maneira irregular, em um freezer que ficava na cozinha da residência, e não tinham origem comprovada. Na casa do outro irmão preso não foram encontrados ossos, mas o rapaz já tinha um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça.

Ao todo, foram recolhidos pela polícia 16 cabeças de fêmur, 89 frascos com pedaços de ossos em bloco, 46 frascos com ossos triturados em liquidificador, misturado com soro fisiológico, e outras sete embalagens com ossos triturados e uma com fragmentos de ossos do quadril. Segundo a polícia, os pequenos frascos com ossos eram vendidos por preços entre R$ 180 e R$ 250.

A Vigilância Sanitária de Londrina e da 17ª Regional de Saúde do Paraná acompanharam a operação. A parte do fêmur é utilizada geralmente para enxertos odontológicos, porém é retirada da própria pessoa ou de um doador legal. No caso de armazenamento irregular, há um risco de se contrair doenças, como hepatite e AIDS. No Brasil existem atualmente seis bancos de ossos legalizados.

Fonte: G1 Paraná

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Postado por: Érick Paiva - Blog Congotícias
Érick é advogado regularmente inscrito na OAB/PR e licenciado em Educação Física regularmente inscrito no CREF9/PR. É o criador do Blog Congotícias, levando a informação para Congonhinhas e região há mais de 11 anos.